sexta-feira, 18 de março de 2011

De inovador a covarde


Hunter Thompson: jornalista consagrado, drogado, beberrão e covarde, por que não? Thompson deu fim a sua vida sem qualquer cerimônia, com um tiro de espingarda na cabeça. Motivo: ele não suportava mais suas intermináveis dores na bacia, resultado de uma cirurgia mal sucedida. Atitude bastante covarde para quem desafiou a profissão e a vida ao mesmo tempo. Seu funeral, por outro lado, totalmente planejado, mas executado por Jhonny Deep, ator que deu vida ao personagem Roul Duke, do livro “Medo e Delírio em Las Vegas”, história de quando foi enviado para fazer uma matéria sobre a gangue de motocicletasHell's Angels.

Thompson jamais seguiu os padrões sisudos do jornalismo. Não era muito responsável com a profissão, mas inovou. Thompson criou o “jornalismo gonzo”, aquele presente em muitos noticiários da atualidade. Não, essa criação não partiu de uma análise mercadológica ou sociológica, nem de uma ideia extremamente nova; veio do desespero ao perceber que se drogara tanto, que não conseguiria seque cumprir seu objetivo que lhe foi dado pela revista Rolling Stone.

Durante o período em que conviveu com a “Hell’s Angels”, Thompson escreveu tudo que foi vivido naqueles dias. Não redigiu nada como um observador imparcial, mas como participante ativo do fato jornalístico. Além do mais, até onde foi a veracidade da história narrada? Ele se manteve drogado e alcoolizado durante todo o período que, supostamente, deveria estar trabalhando. Será que tudo não passou de uma alucinação química? Ninguém saberá. A verdade pertence a ele e, hoje, ela está morta, assim como Hunter Stockton Thompson.

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